domingo, fevereiro 04, 2007

Cerca Velha


Visita de Estudo - Cerca Velha







Aluno : Mário João Pereira Almeida
Nº 20060786
















Praça da Figueira


Todo o conjunto urbano da Praça da Figueira data da segunda metade do séc. XVIII, estando o seu nome ligado a um dos mais populares mercados a céu aberto que existiu em Lisboa. Local do antigo Hospital de Todos os Santos, destruído pelo terramoto de 1755, a praça passou por diversas fases: em 1835 foi arborizada, em 1849 rodeada de grades de ferro e em 1883,foi demolida.
A nova praça inaugurada em 1885 apresentava quatro cúpulas, três naves e uma área de 8.000 metros quadrados permanecendo assim durante 64 anos após os quais se procedeu à sua demolição definitiva. Hoje é um espaço rodeado de edifícios simples e equilibrados, de onde se tem uma boa perspectiva do Castelo de S. Jorge.
No centro da praça encontra-se a estátua equestre de D. João I (Mestre de Avis) inaugurada em 1971 da autoria de Leopoldo de Almeida e Jorge Segurado.
Uma volta em redor desta permite-nos apreciar um conjunto de estabelecimentos curiosos como o Hospital das Bonecas e a Confeitaria Nacional, bem representativos do comércio à antiga.









Martim Moniz
De acordo com a lenda, terá sido um nobre cavaleiro que lutou com heroísmo durante aquele cerco, ao lado das forças cristãs sob o comando do rei D. Afonso Henriques (1112-85).
Ao perceber o entreabrir de uma porta no Castelo dos Mouros, atacou-a individualmente, sacrificando a vida ao atravessar o seu próprio corpo no vão da mesma, como forma de impedir o seu fechamento pelos defensores.
Esse gesto heróico permitiu o tempo necessário à chegada e o acesso dos companheiros, que assim conseguiram conquistar o castelo. Em homenagem ao fidalgo que se atravessou numa das portas do castelo, franqueando assim a entrada às tropas de D. Afonso Henriques, na tomada de Lisboa aos mouros em 1147 foi dada o nome de Praça Martim Moniz.


Saímos da Praça do Martim Moniz, e subimos pelas belas escadinhas da Senhora da Saúde, Rua Costa do Castelo e Rua dos Cegos até chegar ao ex-libris da cidade de Lisboa, o Castelo São Jorge :

Castelo de São Jorge
Construído sobre uma fortificação visigótica, por sua vez edificada sobre vestígios pré-romanos, foi transformado em alcáçova pelos árabes, para albergar os edifícios mais importantes e a população. Dali nascia uma muralha (a Cerca Moura) que se estendia até ao rio.Castelo de São JorgeDepois da conquista de Lisboa, em 1147, por Dom Afonso Henriques, deixou de ter funções defensivas. Dom Dinis transformou-o em Paço Real, mantendo este papel até ao reinado de Dom Manuel I, mesmo depois de construído o Paço da Ribeira.Castelo de São Jorge
Praticamente destruído com o terramoto de 1755, esteve abandonado até que os militares o ocuparam para albergar quartéis, situação que só foi alterada nos anos 30, quando, ao abrigo do programa de reforma de castelos incluído na Exposição do Mundo Português, ficou com o aspecto actual.Castelo de São JorgeObras recentes de recuperação e valorização da antiga fortaleza e do bairro anexo levaram à abertura de um espaço museológico, o CICL - Centro de Interpretação da Cidade de Lisboa, com um espectáculo multimédia denominado Olisipónia, e à colocação, numa das torres, de um periscópio gigante, através do qual é possível observar, numa câmara escura, imagens da cidade em movimento.
Este Castelo, tem uma soberba vista, sobre a cidade de Lisboa, sobre o mar da Palha ( Rio Tejo) e sobre a infinita paisagem da margem sul do Tejo, desde Almada, Barreiro até Palmela.






Saindo do Castelo, descemos até ao belo,
Miradouro de Santa Luzia,
onde se pode observar mais uma vez a magnifica paisagem sobre o Tejo e Alfama. Os pontos característicos, da esquerda para a direita, são a cúpula de Santa Engrácia, a Igreja de Santo Estevão e as duas torres brancas de São Miguel.
A muralha sul de Santa Luzia tem dois modernos painéis de azulejos, um da Praça do Comércio de antes do terramoto e outro com os cristãos a atacarem o castelo de São Jorge.

depois,



Alfama
Alfama é um dos bairros mais típicos da cidade de Lisboa. Nas suas estreitas e sinuosas ruelas esconde-se o núcleo original da cidade, nas suas escadinhas respira-se a alma de Lisboa.
É um bairro histórico, conhecido internacionalmente pelos seus bares de fado. O seu nome deriva do nome árabe al-hamma (que significa banhos ou fontes).
Este bairro foi outrora o mais agradável da cidade. Para os mouros as ruas estreitas em volta do castelo constituíam toda a cidade. As origens do declínio surgiram na Idade Média, quando os residentes ricos se mudaram para o oeste com receio dos terramotos, deixando o bairro para pescadores e pobres. Os prédios resistiram ao terramoto de 1755. Apesar de já não existirem casas mouriscas, o bairro conserva um pouco do ambiente, do casbá com as suas ruelas, escadarias e roupa a secar nas janelas. As áreas mais arruinadas estão a ser restauradas e a vida desenvolve-se em volta das pequenas mercearias e tabernas.


Após visita a Alfama, passamos pelo conhecido,





Chafariz d´el Rei
O Chafariz D´El Rei foi em tempos conhecido por chafariz de São João da Praça e deve a sua actual designação às alterações efectuadas por Dom Dinis, em 1308. É um dos mais antigos de Lisboa. Sofreu obras nos reinados de Dom João II e de Dom Manuel I. Devido à grande afluência de pessoas, o chafariz era na altura a principal fonte de água potável, e às consequentes esperas e zaragatas que daí resultavam, saiu, em 1551, uma norma camarária. Esta norma decretava que cada uma das seis bicas que o chafariz tinha passava a servir apaenas um grupo social: na primeira abasteciam-se os negros, mulatos e índios; na segunda os mouros das galés; a terceira e a quarta estavam reservados aos rapazes e homens brancos; na quinta abasteciam-se as mulheres negras e na sexta as raparigas e mulheres brancas. Quem transgredisse esta lei seria castigado. Não se sabe exactamente quantas alterações foram executadas e que lhe deram o aspecto actual. Hoje em dia o chafariz possui apenas três bicas.

Por último, e para terminar esta visita de estudo uma paragem em frente à,





Casa dos Bicos
mandada construir em 1523 por Brás de Albuquerque, presidente do Senado em Lisboa e protegido do rei D. Manuel, era destinada a habitação. Em 1981, foi restaurada segundo o desenho primitivo para albergar um dos núcleos da XVII Exposição Europeia de Arte, Ciência e Cultura. A sua decoração, os "bicos", demonstra uma clara influência italianizante, provavelmente do Palácio dos Diamantes em Ferrara, ou do Palácio Bevilacqua em Bolonha. Acolheu a Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses até à sua extinção.



Deixando aqui o meu agradecimento à Professora M.Alzira Roque Gameiro, pela sua disponibilidade e pela forma fácil e sintética como nos mostrou, uma parte da cidade que fica tão perto de nós e que tão mal conhecemos.

Bibliograia:
Várias revistas Municipais.
Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal de Lisboa

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial