segunda-feira, dezembro 12, 2005

SETUBAL POUCOS SALARIOS BOA PRODUTIVIDADE

A cidade de Setubal que é abraçada pelo Sado e pela Serra da Arrábida, é uma cidade de momento invejada por tantas outras, e isto porquê? Tem belas praias, boa culinária, belas paisagens e até um Clube de Futebol que está a dar nas vistas no Campeonato Nacional de Futebol.
Os jogadores da equipa do Vitória de Setubal tem alguns meses de salários em atraso, e mesmo assim tem apenas 3 golos sofridos neste campeonato e apenas lhes restam 3 vitórias para garantir a permanência na 1ª liga, quando ainda faltam 3 ou 4 jornadas para final da 1ª volta.
Isto faz-me lembrar a pouca produtividade do nosso País, conforme indicam várias estatísticas deste planeta.
Poderá ser um bom exemplo para os nossos governantes! .... não seria melhor baixar os salários da função pública ? ou deixar de pagar uns mesitos para aumentar a produtividade no nosso país?
Estas coisas do Futebol, dão-nos por vezes agradáveis surpresas, apesar de estas serem muito serem poucas.
Também sei que os conceituados economistas, já estão a estudar este "problema" como fenónemo e que já celebraram o "PARADIGMA DE SETUBAL \ salários em atraso = mais produtividade" ( expresso ) .
MA

sábado, dezembro 10, 2005

CONCERTO DE FIM DE ANO " ORQUESTA SINFÓNICA JUVENIL "

A ORQUESTA SINFÓNICA JUVENIL, Apresenta hoje na AULA MAGNA pelas 21H30, O CONCERTO DE FIM DE ANO.

Com a Direcção de CRISTOPHER BOCHMANN,
que nasceu na Turquia e desde 1980 vive e trabalha na cidade Lisboa, foi professor do Instituto Gegoniano de Lisboa e do Conservatório Nacional. Desde 1985, é professor da Escola Superior de Música de Lisboa, da qual foi Director durante seis anos e onde, há 15 anos, coordena o Curso de Composição.
Pela sua qualidade e dedicação do trabalho realizado, muito tem contribuido para a vitalidade da nossa vida musical.





1ª parte

"VERDI" - IL TROVATORE
Ah, se l´error t´ingombra

E deggio e posso crederlo

"VERDI" - RIGOLETTO
E l´ami?
La donna è moile
Un dì, se bel rammentomi
Bella figlia dell´amore

"VERDI" - LA TRAVIATA
Invitato a qui seguirmi,....
Di sprezzo degno...

2ª parte



BEETHOVEN - LEONORE nº.3

Abertura

BEETHOVENN - FIDELIO
Heil sei dem Tag
Des besten königs Wink und Wille
Du schlossest auf des Edlen Grab
Wer ein holdes Weib errungen




Coro da Universidade de Lisboa
Coro de Câmara da Universidade de Lisboa
Coro de Linda-a-Velha
Coro do Instituto Gregoriano



A Orquesta Sinfónica Juvenil foi pioneira numa enorme lacuna da cultura musical em Portugal, à data da sua fundação: proporcionar a jovens instrumentistas em formação a possibilidade de conhecerem o trabalho de orquesta. Tem desenvolvido um trabalho continuado de grande valor passando, de umas gerações para as outras, o testemunho do fazer música em conjunto.
Apresentando um repertório diversificado, desde os clássicos aos comtemporâneos, proporcionando aos músicos o contacto com um largo leque de compositores, épocas e estilos. Tem também promovido regularmente a colaboração com solistas instrumentais e vocais e a realização de obras que exigem igualmente a participação de coros.
Tornando-se assim um esteio fundamental da actividade de jovens músicos na área de Lisboa, congregando estudantes de várias proveniências, com especial relevo para Escola Superior de Música.

MA

Observatório das Putas


De um lado fala-se em reduzir o peso do Estado do outro inventam-se cargos, funções e empregos. Agora vamos ter um observatório das putas. É obvio que há tráfico de mulheres e surgem nos jornais, de vez em quando, notícias de situações graves, depara-escravidão. Isso é um problema de polícia que tem que ser resolvido pelas polícias, não precisando de mais observadores no mercado. Talvez precise é de mais inspecção de forma a apurar eventual responsabilidade das polícias na tolerância do tráfico e da própria prostituição.
É precisa, seguramente,de regulação. Temos a internet cheia de anúncio de putas que ganham a sua vida em Portugal. Temos os principais jornais cheios de anúncios de putas -e não deveríamos estar indiferentes a isto. O que preciso - e é urgente - é criar medidas sanitárias que responsabilizem as profissionais do sexo e as obriguem a uma certificação de qualidade sanitária. De outro lado é preciso regularizara situação destas pessoas, que são na maioria estrangeiras e que estão numa situação muito débil porque são clandestinas. Não são precisas casas de acolhimento de putas, que já há muitas, publicitadas nos jornais todos os dias. O que é preciso é garantir às putas que não são mais exploradas porque são clandestinas.
Legalizá-las, dar-lhes um alvará que lhes permita actuar no País com toda a liberdade desde que respeitem as regras sanitárias e as leis nacionais, garantir-lhes a cidadania tributária.
Não há nenhuma razão para que as centenas de estabelecimentos de prostituição que funcionam no País sejam uma espécie de zona de off-shore. Ainda se pode admitir que a prostituição doméstica, em prática isolada, aquela da puta sozinha e sem anúncio, que opera só com clientes detelefone, sem anúncio de jornal, seja sujeita a uma espécie de pagamento por conta e tenha um regime de tributação simplificado. Mas já não se admite que isso aconteça na prostituição organizada, na base de estabelecimentos públicos, com anúncios nos jornais. Óbvio que deve ser uma actividade sujeita a IVA à taxa normal e que as profissionais devem emitir recibo. Vou até mais longe: cada uma dessas casas com anúncio no jornal deveria ser proibida de receber dinheiro, obrigando-se os clientes a pagar na caixa de Multibanco mais próxima e a apresentar a senha no momento da prestação do serviço. Isso já está tudo estudado desde que se adptou o novo sistema de pagamento da taxa de justiça, que, como todos sabem é paga por esse meio. Aí sim, se se avançasse por ai, talvez valesse a pena criar e manter o tal observatório das putas, que, a par de gente da segurança social, podia ter umas funcionárias do fisco, para fazer a fiscalização e para evitar atentação que os fiscais, sendo homens, naturalmente teriam.
Não vale apena ter pena das mulheres que vêm para a putaria em Portugal e deixam os filhos no estrangeiro, para quem precisam de mandar dinheiro. Estes fluxos são conhecidos; esse tipo de emigração só dura enquanto a actividade for rentável. De qualquer modo a louvável preocupação de proteger as putas carenciadas só é viável se, previamente, se lhes concedera cidadania tributária e se for possivel sujeitá-las a uma verificação de rendimentos. De outro modo corremos o risco de os subsídios se transformarem numa facilidade que permitirá que alguém obtenha favores sexuais pagos pelo orçamento do Estado. Deixem-se de ser puritanos e puritanas.E abandonem de vez essa apropriação indevida do chavão marxista da«exploração».A «exploração sexual» não existe. O que existe é um fabuloso negócio que se chama putaria e que está isento de impostos.
E a putaria não tem nada a estudar por não ter nada de obscuro, para além dos ambientes em que normalmente se pratica. Os senhores ministros e os senhores secretários de Estado e as senhoras dos tais projectos que se tirem dos gabinetes e vão às putas. Comprem o Correio da Manhã, escolham aquela página e apareçam à senhora do anúncio como se fossem clientes. Vão ver que nenhuma lhes diz que está na escravatura. Ou vão ao Elefante Branco, ou ao Gallery, ou a mais meia dúzia de estabelecimentos especializados... Depois sejam intelectualmente sérios e não digam barbaridades. O grande factor de dependência de que sofrem as putas em Portugal está nessas meias tintas de poderem anunciar os seus serviços nos jornais que os senhores ministros lêem, ganharem muito acima da média dos portugueses e inexistirem regularmente, porque são clandestinas e vagabundas, naquele sentido de que não têm como provar de onde lhes vem o que efectivamente ganham.
MA

UNIÃO ECONÓMICA QUE NAO ANTEVIAMOS


As recentes dificuldades decorrentes dos problemas com a aprovação doOrçamento da União Europeia são preocupantes. A U.E. cresceu demasiado depressa, a um ritmo insustentável, e expandiu-se para leste para garantira estabilidade das suas fronteiras orientais. Garante a impossibilidade de novos conflitos entre alemães e polacos. Garante a defesa da Polónia perante o gigante russo, embora a Polónia tenha apenas fronteira com a Bielorussia, e garante também a independência dos estados bálticos. Nomeio, a Rep.Checa, a Eslováquia e a Hungria, são absorvidas, por fazerem parte de um espécie de confederação germânica, pensada e arquitectada desde o tempo do sacro império Romano-germanico. Quando Portugal pediu a adesão à União Europeia, Leonidas Brejnev, era o senhor da União Soviética. Por estes lados, e a bem dizer em todo o ocidente, o urso russo, parecia impenetrável, forte, couraçado, indestrutível, e com capacidade para se expandir. Nem nos nossos mais recônditos sonhos, poderíamos pensar que ao aderir à U.E. estaríamos a entrar numa associação de países onde se encontrariam partes do que foi a antiga União Soviética. Portanto, hoje, fazemos parte de uma U.E., que não antevimos. Logo, todas as negociações foram baseadas em premissas que resultaram erradas. Os homens que negociaram a adesão, partiram do principio de que Portugal, não podendo desenvolver-se da mesma forma que os outros países da União, teria a vantagem, ou alguma vantagem competitiva, decorrente do baixo nível de salários, num mercado europeu, relativamente fechado. Logo, Portugal poderia ser uma espécie de região de manufactura da União Europeia, onde seriam fabricados os produtos de menor tecnologia, ao alcance das nossas empresas e da qualificação média da mão de obra nacional. Mas depois, caiu o muro. Com ele, ruíram as sociedades do Leste da Europa. A sua substituição impôs-se, e o modelo escolhido, foi naturalmente e à falta deoutro, o modelo económico liberal, conhecido por ser a melhor e mais rápida forma de chegar ao desenvolvimento pleno. De um momento para o outro, todos os planos de Portugal caíram por terra. Nos anos 80 como em outros períodos da nossa História, os nossos governantes fecharam os olhos, e decidiram seguir pelo caminho que lhes parecia mais simples e mais fácil. Estamos agora dentro de uma União Europeia que não entendemos, e para os desafios da qual não estamos preparados. A lentidão com que as instituições Portuguesas, tradicionalmente lentas e enferrujadas pelo ronronar sonolento de uma administração que dorme num dia solarengo e calmo de Verão, piora tremendamente a nossa situação. As politicas de subsídios e de apoios que criaram a ideia de que é possível viver sem fazer nada, aumentaram a indolência, e deram-lhe uma áurea de "aceitável". Hoje, o país enfrenta, como tantas vezes ao longo da sua longa história de quase nove séculos problemas graves, e o que é pior, a solução para os problemas decorrentes do fim do período imperial, que foi a União Europeia, parece agora patinar de forma continua, não se sabendo se o desequilíbrio vai acabar em queda. Se a Europa cair, precisamos pensar qual será o futuro, e precisamos pensar sobre que outras opções existem perante o fracasso da União Europeia.
Brites de Almeida